terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arvore oca e solitária.



Chegou um momento que você se tornou apenas um peso. Eu era arvore e você era o passarinho gordo e pesado que só trazia-me tormentos. O tempo inteiro. Até um dia eu te deixar ir embora. Eu parei de sufocar-te e deixei você ir. E sem muitos diálogos você se foi. Como se não se importasse comigo. Foi voando, voando, voando... Você foi para outra arvore, mais bonita e com mais frutos. Fiquei completamente só.  Esperando outro passarinho. Um que me trouxesse menos problema. Um que não se tornasse um peso na minha vida. Eu queria um passarinho perfeito, para cantarolar em meus galhos. Eu queria que todos que passassem ali naquele campo reparassem em mim. Aquela arvore sem frutos, mas com um passarinho lindo e alegre. E assim você iria ver que todos estavam impressionados conosco. Um belo conjunto. E você tinha se transformado apenas um passarinho velho e sem graça. Mas eu não achei esse passarinho que tanto esperava. E mesmo que achasse sei que não seria a mesma coisa que você. Nunca seria. Que arvore feia e tola. Agora essa arvore esta vazia, feia, com galhos quebrados, sem fruto, sem cor. Ela está triste. E vazia por dentro. Completamente oca. Ninguém ao menos chega perto dela para ficar em sua sombra em dias ensolarados. Ela quer seu passarinho gordo e pesado de volta. Ele trazia tanta felicidade... Volte passarinho. Volte.  Larissa M.

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