sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Volte, meu garoto


Lágrimas nos olhos, pensamentos em você... Por quê? É só isso o que sei me perguntar. E sem parar perguntas me atormentam... Você prometeu, entende? E eu nunca fui de fazer promessas, e não cumpri-las. Deve ser um mal meu, não é? Pois eu tento ver as pessoas, como me vejo. Essa tola que se entrega, que ama profundamente. E que se ferra no final. Eu tenho que parar de comparar as pessoas comigo. Tenho que parar de romantizar tudo. Tenho que parar de me entregar, a quem ama outra pessoa. Eu tenho é quer aprender a dar o troco. Aprender a me vingar. Aprender a não amar. Apenas fazer com que me amem. Pois deve ser divertido, ferir o coração das pessoas. E levar toda a felicidade dela.
Eu prometi ficar, não é mesmo? Ainda lembra-se? E irei cumprir. Mesmo que você não queira. Talvez eu esteja esperando um momento certo, para que eu vá até a ti. E arrume toda essa bagunça que minha vida ficou depois que você me deu adeus. É... Eu disse que seria para sempre! Não deixe meu encanto acabar tão de repente. Não deixa tudo desmoronar dessa forma. Entregue seu coração a mim, de uma vez por todas. Volte, viu, meu bem? Mas só volte quando tiver a certeza que precisa de mim. E que não quer ninguém além de mim. Volte quando tiver a certeza que será o pai dos meus filhos. Volte quando tiver a certeza que voltou a ser o mesmo. Aquele meu menino. Com que se importava comigo. Brigava por eu não comer. Aquele que não sabia me dizer não. Aquele que me fazia sorrir na rua. Aquele que me fazia sorrir e fazer questão de levantar da cama, pois sabia, que mesmo longe, o meu céu, era o mesmo que o seu. Volte a ser aquele, que me dava a certeza, que mesmo contudo, nós iríamos ficar juntos. Aquele que brigava comigo, se eu contasse que não havia comido. Aquele meu garoto, sabe? O que eu amo mais que tudo. Eu sei que ele ainda existe. Eu sei que sim.
Meu garoto... Não demore a voltar. Estou prendendo o choro a cada cinco minutos do dia. E sim, é verdade. Prendo meu choro, para que de noite, em meu quarto, eu possa colocar toda a agonia para fora. E para abafar meus gritos em meu travesseiro. E apenas peço forças, toda hora. Pois é disso que eu preciso. Mas minha força, minha felicidade, estão com você. E agora? O que eu irei fazer? Eu estou completamente sem saída e sem rumo. Eu não tenho para onde ir. Eu não tenho como voltar no tempo, e mudar algumas coisas. Eu tentaria não brigar. Eu tentaria perceber, quando eu estava começando a perdê-lo. Se eu pudesse... Com certeza mudaria bastante coisa.
 E também ando pedindo a Deus, que ele faça você perceber, que eu sou tua garota, e você o meu garoto.  Tolice? Não! É amor. E sim, ainda tenho esperanças. Talvez isso me machuque mais ainda. Mas eu não me importo. Às vezes parece que gosto de sofrer. Por um alguém, que deve estar tão bem por aí. Às vezes parece, que eu nasci para te amar. Eu sei que ainda temos muito que viver juntos. “Até que a morte nos separe.” Eu preciso ouvir isso de você novamente. Preciso! Volte aqui. Volte a ser aquele que mostrava ter medo de me perder. Volte a ser aquele que mostrava ter ciúmes de mim. Mas volte para ficar. Não volte por pena. Volte porque percebeu que me ama.  Volte porque viu que precisa de mim, assim como preciso de você. Volte porque me quer para sempre. Caso não seja, isso, fique onde está.  (Larissa Mendes.)

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