Maldito amor

E eu que achava que era amor de faixada... Nossa, como eu me enganei. Eu só sentia porque eu já estava cansada daquela vida chata. Sempre a mesma diária. Foi ai então, que eu resolvi me entregar. É, foi fácil demais me conquistar, não é? Mas eu cansei viu, então eu resolvi sair. Amor não é pra mim. Fui ver lá fora, como estava o ambiente. Nada de bom, nada.  E sei lá, bateu uma falta enorme de você. Talvez uma vontade de te ver ali e te xingar de todas as coisas do mundo, por ter me feito me apegar tão fácil à você. Ou até mesmo te ver ali,  e ir correndo para os teus braços, e acolher-me lá. Não, não, essa de amor de novo não! Sai, xô! Eu não quero amar. Pra mim chega, só eu me ferro nas histórias. Vaza! Não te quero, não posso, entende? Tudo bem, vai... Eu quero, mas entenda, eu não posso mesmo!

Nada feito, só piorou. Tentei esquece-lo, mas não adiantou. Eu ia dormir, e acordava com ele, aqui, ainda em meus pensamentos. Eu queria gritar, arranjar um jeito de expulsa-lo. Raiva, raiva, raiva! Por que, hein garoto? Por que resolveu conquistar logo há mim? Tem tantas outras por aí. Mas não, teve que ser logo a bobinha aqui. Só tirei uma conclusão com isso tudo: "amor é coisa de quem tempo pra pensar na pessoa amada." É claro! Eu tenho que fazer algo para tirá-lo dos meus pensamentos. Eu tentei ocupar minha mente com tudo. Fui ao shopping, enchi a cara. Mas até com o álcool me tomando, eu pensava em você. E chorava, por sentir-me uma inútil, que nem ao menos sabe desgostar de alguém. Eu vi filmes, mas sabe, eu estava querendo era a sua companhia ali no meu sofá. Resolvi estudar, mas até os livros me lembrava você. Eu escrevi lá no cantinho, bem no cantinho, o teu maldito nome! Resolvi escutar musica, mas todas as letras eram sobre amor. Isso é perseguição? Resolvi quebrar o rádio. Pensei em tocar meu violão, mas todas as musicas que vinham em minha cabeça, tinha alguma ligação à você. Na verdade, todas as musicas de amor, sempre serão nossas. Lembra que eu havia te dito isso? Tudo relacionado a amor, seria nosso. Agora chega, chega de lembrar dessas coisas, deixa de ser idiota.
Pensei, repensei. E então me lembrei de uma frase que dizia que só esquecemos um amor, arranjando outro amor. É, quero um amor de aluguel. Não, não digo por muito tempo. Só por um  tempinho mesmo. Que me deixe encantada, e que depois me deixe. Mas tem que ser rápido, porque não quero sofrer demais. Arranjei meu amor de aluguel. Não adiantava, eu procurava nele, o que havia em você. Como você conseguiu fazer isso comigo, garoto? Resolvi então, assumir de uma vez por todas. Sim, eu te amo. Você venceu, eu assumo. Meu coração é teu, eu sou tua. E agora eu não quero que isso mude. E eu vou me entregar a esse amor sim. E que se dane as consequências. Eu quero é arriscar e ser feliz. Percebi que não há motivos para querer me livrar desse sentimento. E mesmo que tivesse, eu não iria me livrar. Eu tentei, mas não consegui. Então a unica alternativa é me entregar. Te amo mesmo,  talvez eu te ame pra sempre. E assim será, sempre. (Larissa Mendes.)