quinta-feira, 5 de maio de 2011

Querido passarinho...


Se você soubesse o quão ruim é saber que tudo isso um dia será apenas: Lembrança, isso é o que me desespera. O que me deixa pra baixo. É nessa hora que tudo vem como uma retrospectiva em minha mente. Como se fosse uma filmagem da nossa história. E aí então, me bate uma dor no coração. Um aperto enorme. E no mesmo instante minha vontade é correr e te ligar. Dizer que o amo. Dizer que amo tudo o que faz, tudo o que fala. Que amo tudo o que há em você. E o que eu mais odeio, é tudo o que está perto de você, e que possa prender sua atenção, além de mim. Se eu disser que meu limite é você, me consagra louco. E acredite que um dia eu vou deixar você seguir sozinho. Sei que sou demasiadamente protetora. Mas isso é porque eu te amo. E quem eu amo, eu odeio perder. Mas nem minha tamanha proteção adianta mais. Chega um momento em que você sufoca a pessoa, e tem que ir soltando suas algemas. E de pouco em pouco... Você vai se soltando, e conseguindo ficar sem mim. Quem sabe até seja melhor. Todo passarinho não sobrevive por muito tempo em uma gaiola, e quando vive, sempre fica cabisbaixo. E isso eu não quero que aconteça de você, meu querido passarinho. Se quiseres ir embora, vá. Mas espero que possa ainda cantarolar em minha janela todas as manhãs. Teu canto me agrada, faz com que meu dia fique melhor. Então, se se importa comigo, não se vá. Fique aqui, és a única coisa que peço-te. Mas se não agüentar vir em minha janela todos os dias. Venha pelo menos três vezes por semana. Depois duas, uma... Até eu ir me acostumando em ficar sem você. Não se vá de uma vez, passarinho. E quem sabe um dia, você não voa pelo meu lado e eu não sinta dor nenhuma? Assim espero. Mas não se esqueça. Volte pelo menos por uns dias. Não me faça sofrer de uma vez só. (Larissa Mendes.)

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