domingo, 22 de maio de 2011

Remédio da dor


Ela era uma menina, diferente das outras. Não importa o nome, nem a idade, nem nada... Era uma menina baixa, e muita das vezes quieta. Desengonçada, envergonhada. Não abria a boca pra nada. Só pra comer, e olhe lá. Nem com a família conversava. Só um bom dia, quase nada. Todos se preocupavam com isso. Levavam-a ao psicólogo. Lá ela nada dizia. Isso só angustiava sua família. Ela achava normal. Queria que entendessem um pouco o silêncio dela e parassem de atormentar. Até que ela disse: "Me deixem, por favor." sua família sem entender muito, a deixou, resolveram abrir um espaço. E então a menina, se trancava em seu quarto diariamente. Sua família ficou preocupada. Mas resolveram não se meter. Se ela quisesse falar, já teria dito faz tempo...
As horas pareciam uma eternidade naquele quarto. Nem ela mesma aguentava tamanha agonia. O quarto se transformou em uma prisão. Ela não fazia mais nada. Não tinha mais nada. Nem as amigas a procuravam mais. E ela se perguntava no que ela havia se transformado. E então chegou ao um ponto. Entendeu que se havia transformado sua vida em uma tristeza constante, por contata de um otário qualquer. Ela queria mudar isso. Mas não conseguia. A tristeza era maior. O que ela queria mesmo era correr atrás dele e dizer tudo o que queria. Xingá-lo de tudo quando é nome. E no final, ouvir sair da boca dele: "Me perdoe, volte pra mim." Ela sabia que era tolice querer voltar com alguém que já havia feito ela sofrer, mas ela dizia que era o amor. E que o único remédio de tudo aquilo, era ele. A menina foi até a rua procura-lo, lembrava ainda seu número, mas achou melhor ir até ele. Como uma surpresa. Era de tarde, o sol estava tão forte... Pare. Ela acabou se distraindo com uma placa que estava escrito: "Às vezes não são todos que merecem segundas chances". Ela ficou intrigada com aquela frase, mas o que ela podia fazer? Ela o amava, e não iria desistir tão fácil dele. Logo quando ela tomou coragem de sair de casa e tentar ser feliz de novo. Não, ela não podia desistir -obviamente era isso o que ela pensava-. E então continuou a seguir o caminho da casa do teu ama. Quando estava prestes a virar a esquina. Se esbarrou  com um cara. Os dois se dentre olharam. Ficaram sem palavras. Depois de alguns segundos ela pediu desculpas. E ele também. Ele resolveu a chamar para um café, logo aí no outro quarteirão. Sem pensar duas vezes ela foi, com um sorriso bobo estampado no rosto, andando até a lanchonete.  Ficaram horas sentado ali, conversando e sorrindo feito dois bobinhos apaixonados. Como isso? Pareciam que se conheciam desde pequenos. Ela nem se lembrava daquele que partiu seu coração. Só sabia pensar no cara do tal "esbarrão". Eles marcaram encontros, se viam pelo menos quatro vezes na semana. Ele a fez esquecer o velho amor. Agora ela só tinha olhos para ele. E o outro nem habitava seu coração. Que tola que ela foi, achou mesmo que o outro seria quem a deixaria melhor. O verdadeiro remédio para dor, é sempre um novo amor. Um melhor, não-desgastado.  (Larissa Mendes.)

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